segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

I need to take a moment

Eu estou estagiando num lugar bem bacana. Comecei a estagiar sem contrato, porque o outro estagiário saiu e eu já queria mostrar serviço. Nesse um mês, eu não consegui fazer muita coisa, mas acho que mostrei bastante disposição e vontade de ficar lá.

Hoje, eu conversei com umas amigas sobre essa história de não ter o meu contrato ainda e é bem provável que eu me lasque de verde and amarelo. Aparentemente, a UnB "corta" o estágio após o fim das aulas. Eu surtei, porque estagiar foi uma das razões para fechar 2010 com menos ressentimentos e receber 2011 com uma carinha mais feliz. Entenda a minha agonia: com o estágio, eu parei de surtar com o final da faculdade, mas, se eu ficar sem ele, eu tenho medo de voltar para a grande depressão de 2010.

No meu pequeno surto de hoje, eu já abri a lista de possíveis estágios que eu poderia mandar currículo mesmo depois de formada. Considerei também a possibilidade de ficar mais um semestre na UnB. Possivelmente, depois de publicar esse post, eu vou olhar programas de mestrados. E, se isso ainda não me acalmar, eu vou olhar apartamentos em Goiânia.

Nessas horas, eu fico divida entre puxar ou não conversa no gtalk, porque eu não quero ser a amiga que sempre tá reclamando ou, pior ainda, a amiga egoísta que só dá valor as coisas que ela está passando. Como eu disse, a grande depressão de 2010 me deixou vacinada tanto no sentido de não querer ficar mal de novo, tanto no sentido de não querer abusar do ombro amigo.

Resolvi puxar conversa e me arrependi. Eu não preciso de muita coisa. Não quero ouvir que o mundo é cor-de-rosa, mas não precisa chutar cachorro morto. Eu só gostaria de um ombro amigo pra falar que a minha preocupação é legítima e que final de faculdade é tenso, mas me lembrar que existe gente boa no mundo e eventualmente eu vou ser contratada por uma delas, hehe.

Amanhã eu vou tirar a história do estágio a limpo e depois atualizo aqui com a resposta final do CIEE. Decidi publicar esse post para desabafar um pouco e porque eu sei que vocês não vão chutar cachorro morto - muito pelo contrário, vocês sempre têm boas palavras para oferecer nesses tempos difíceis.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

As modas

Hoje é dia de filosofar!

O post foi inspirado por um filme que vi ontem com os meus amigos: "Pra que serve o amor só em pensamentos". Adorei o fato de a história ser inspirada em fatos reais, chocantes para a época.
República de Weimar, Alemanha de 1927. É um quadrado amoroso (!). Hilde e Guenther são irmãos e pegam o mesmo cara, Hans, a diferença é que o Guenther ama mesmo o Hans. E tem Paul, melhor amigo de Guenther, que é apaixonado pela Hilde. A moça pega todo mundo (risos).
A reflexão não é bem sobre o filme (que merecia com toda a certeza um post reflexivo) e sim sobre os contextos. Parte da história lembra bastante "Os sofrimentos do jovem Werther", de Goethe (1774), já que há suicídio por amor. São 153 anos de sobrevida de romantismo mórbido alemão.

É bom lembrar que o romantismo alemão veio após o iluminismo. Fico imaginando o que Kant (morreu em 1804) pensava dos adolescentes se matando de turberculose... Eu, do século XXI, acho isso um absurdo - e olhe lá que a racionalidade nem está mais tão valorizada assim sobre a emoção.
O caso do quadrado é ainda mais chocante. É um quadrado!! ahahahha! Tem relacionamento homoafetivo, emancipação feminina, suicídio e homicídio... deve ter sido extremamente impactante pra época.
Enfim, são coisas difíceis de conceber mesmo no ano 2011.


Fico imaginando que no ano 2020 as pessoas não vão entender as modas: livros de bruxos, depois livros de vampiros; música emo, depois músicas coloridas...

"Was nützt die Liebe in Gedanken"