segunda-feira, 21 de junho de 2010

Se conselho fosse bom...

Um dos meus filmes favoritos é "As Patricinha de Beverly Hills". Eu acho o filme engraçado, a maioria das referências são inteligentes e a trilha sonora é muito boa. O filme trata da chegada de uma nova menina na escola e a sua inserção nessa "sociedade" que fica por conta de um grupo de patricinhas.
Semana passada o espírito da Cher, personagem principal do filme, baixou em mim e eu quis ajudar uma mocinha a se inserir na "sociedade".
Eu conheço a mocinha há um bom tempo, mas nunca troquei mais de dez palavras com ela. Honestamente, eu tenho dificuldade para encontrar meios de descrevê-la. Eu a vejo como uma mistura de Macabeia com uma mocinha chorona qualquer da novela das seis mas sem ser chata ou mesmo desinteressante. Não sei se é a religião ou se é um ambiente familiar altamente repressor, mas ela é o tipo de menina que não tem voz e isso dispertou o meu lado Cher.
Saímos juntas na semana passada e conversamos longamente sobre uma porção de coisas. Falei e dei dicas sobre cabelo, maquiagem e balada. Aos meus olhos, foi uma conversa sobre "empowerment" para ela finalmente ser ouvida - ou melhor, vista.
Estranhamente, a conversa me deixou incomodada. Eu fui sincera e falei coisas que eu gostaria de ter ouvido antes, mas eu senti que algo não estava certo. Somente ontem que eu fui entender que essa coisa de dar conselhos é muito complicada e perigosa. A gente nunca sabe como as pessoas vão processar os nossos conselhos. Além disso, se as pessoas realmente seguirem nossos conselhos, nós temos uma parcela de responsabilidade na vida daquela pessoa.
No filme, acontece a mesma coisa. Cher transforma Tai em um monstro que uma hora fica contra sua criadora. Eu espero não ter transformado a mocinha em um monstro.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sentir primeiro, pensar depois

Acredito na racionalidade do ser humano.
Desconfio da veracidade da razão.
Acho que são raras as vezes em que há sincronia entre o racional e o emocional.
E, por incrível que pareça, os sentimentos são mais verdadeiros que a razão.


Existe um gap entre o que a razão nos diz e o que os sentimentos nos fazem vivenciar. É totalmente possível que, racionalmente, nos condicionemos a agir de uma determinada forma, mas que exista uma enorme diferença entre os discurso que a razão repete e aquilo que a gente sente.
O que a gente sente é mais verdadeiro.

Acontece com frequência de dizermos "eu entendo", quando - racionalmente - existem todos os elementos para haver compreensão, mas não sentimos o entendimento (não há empatia).
Existe sim um distanciamento entre razão e sentimento! O resultado disso é, senão um conflito interno, uma certa discrepância entre discurso e ação.

A gente primeiro sente e depois racionaliza.

Entretanto, eu tenho tanta fé na razão que acredito ser possível repetir internamente um discurso mil vezes até que ele vire verdade nos sentimentos. Mas antes, é preciso admitir que existe diferença entre aquilo que se sente e o que se quer sentir.
Nesse caso, a razão pode trabalhar a nosso favor, até forçando os sentimentos a mudarem em um certo sentido. Mas haja auto-consciência e força de vontade!

domingo, 6 de junho de 2010

"Inocência Roubada-

Elenco: Gina Phillips, Warren Christie e Ellie Harvie.
Direção: Bonni Allen e Melissa Perry
Gênero: Drama
Duração: 92 min.
Distribuidora: Fox Film
Estreia: Direto em DVD - Dezembro 2008
Sinopse: Jenna Shaw acaba de ser tornar mãe solteira, acorda em sua casa e descobre que seu bebê nasceu morto. Ela teme que a enfermeira tenha matado o seu filho enquanto ela estava inconsciente, mas a polícia começa a suspeitar de outra forma. Eles pensam que Jenna é a assassina e que a enfermeira é uma invenção para encobrir o assassinato do bebê, que ela cometeu para proteger a sua carreira. Jenna então decide descobrir o que realmente aconteceu com o seu bebê e pede ajuda ao pai da criança. A sua busca leva para o mercado de traficantes de bebês, crianças roubadas, falsas adoções, e os humanos tubarões que iludem e destroem os sonhos daqueles que sonham em ser pais.

Meninas, assisti esse filme  sexta por acaso... estava sozinha em casa fui passando os canais, aí apareceu uma moça grávida e tal, olhei o canal era o Telecine Light, pensei: mais um filme mamão com açúcar na minha história, mas vamos lá, é isso mesmo que eu queria! Doce engano... doce não, amargo!! Porque o filme é muito pesado! Ainda mais pra mim, que sou mãe!!!

Se vocês quiserem ver o filme sem saber mais do que a sinopse, não leiam o próximo parágrafo...porque vou contar o filme, não tudo, mas o principal e pode perder a graça. Mas na verdade, nem é de muita graça porque a história é dedutível e o final dele é (ainda bem) o que se torce e espera que acontece! É filme, não vida real!

Tah, vou parar logo o mistério e contar sobre o que é o filme:

Uma moça está já gravidíssima (isso quer dizer no fim da gravidez), e uma enfermeira vai até a casa dela pra fazer o acompanhamento pré-natal... ela desmaia e acorda no hospital, e a filhinha dela nasceu morta! Aí começa o drama todo... (já chorei logo soh de pensar se isso tivesse acontecido comigo.. ia morrer!) Mas isso não é o pior, o drama da mãe do filme vai aumentando a medida que ela começa a ter que investigar sozinha, porque a detetive desconfia que ela cometeu um homicídio (imagina.. uma mãe esperar até quase completar os 9 meses pra resolver não ter a criança e matá-la?? ), o que aconteceu com a filha.. e chega a uma agência de adoção. Bem, ela descobre que houve uma troca de bebês, e a bebê dela foi vendida pra um casal que no dia seguinte levará a criança embora. É uma corrida contra o tempo e ela ainda tem que suportar as hostilidades e falta de confiança da detetive. No fim dá tudo certo, no último minuto ela consegue ficar com a bebezinha dela, a detetive dela resolve dar um crédito a ela e ela ainda reata com o pai da criança. Final feliz!

O final da personagem foi feliz, mas sofri, porque imagino que na vida real muitas mulheres passam por isso, e jamais conseguem ter sequer notícia da criança... e no caso da personagem, ela só conseguiu ter a criança de volta porque foi atrás. Não sei como é isso no Brasil... imagino que não existam muitos casos, já que não existe essa história de pré-natal em casa... Mas mesmo poucos, já aconteceram casos de roubo de criança, criança trocada, e deve ser muito sofrimento pra uma mãe!

Me lembro como se fosse hoje a expressão de uma mãe que tinha perdido seu filho.. nem sei se era menino ou menina.. eu fui pedir meus papéis pra sair do hospital, e ela tinha que assinar os papéis de óbito.. eu e ela numa mesma sala! Eu louca pra chegar em casa com a minha filhinha recém-nascida. E ela ali, sozinha, com a barriga ainda inchada e sem bebê nenhum pra amamentar, pra pegar no colo... tadinha, ela estava apática, sem reação, parecia que sem entender ainda o que havia acontecido! Eu cheguei a ficar sem graça pela minha felicidade! E triste pela sorte daquela moça... Agradeci 500 vezes que não tinha sido comigo!

Voltando ao filme, me solidarizei também com os pais que pagaram a adoção... o sonho deles era ter uma filha, e era tanto que se dispuseram a pagar um monte de dinheiro por isso... e ficaram ali, sem nada... mas adoção não se paga!!!

Enfim, esse não é um post com frases de impacto, com lições pra vida, ou um drama pessoal, é só um desabafo emocional que eu gostaria de compartilhar com vocês!!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Golpe da "beleza única"

For a long time I was in love
Not only in love, I was obsessed
With a friendship that no one else could touch
It didn't work out, I'm covered in shells
Este trecho é da múscia "A simple kind of life" do No Doubt. A menina tava com o cara, mas o relacionamento acabou. Daí ela fica se lamentando, porque os planos não deram certo e as coisas que eram tão simples ficaram complicadas. Puta música do No Doubt, cheia de frases de efeito que dá pra colocar no Messenger e no Twitter (#not!).
Postei esse trecho para pegar o gancho de uma "friendship that no one else could touch". Eu tinha friendship que no one else could touch e, assim como aconteceu na música, it didn't work out.
Para me adequar aos "padrões" do mocinho cabeça-de-melão, eu mudei algumas atitudes minhas: tentei controlar a minha constante irritação com o mundo e tentei também parecer que eu era uma pessoa mais centrada. Além disso, eu reprimi o meu lado "patricinha". As mudanças não foram ruins, já que eu aprendi muita coisa com o mocinho. Mas eu me arrependo do golpe da "beleza única".
Segundo o cabeça-de-melão, hoje em dia, as mulheres estão muito parecidas: todas têm o mesmo corte de cabelo, a mesma cor de cabelo, vestem o mesmo tipo de roupa e usam o mesmo tipo de sapato. Enfim, reprimi a goiana em mim para parecer mais "única". Preciso repetir em público que a história não deu certo?
Tentando recuperar o tempo perdido, voltei a fazer escova no picumã e fiz uma franja. Renovei parte do meu estoque de acessórios com itens piriguetosos. O meu próximo passo - que eu decidi hoje - é fazer luzes loiras. Sim, eu vou voltar para o time das loiras porque as loiras se divertem mais, haha.
Pensei em terminar o post com uma mensagem bonita sobre como você não pode deixar a opinião de outras pessoas mudar o seu jeito de ser, mas as minhas duas leitoras são mais inteligentes do que eu e não precisam deste tipo de lição. De qualquer forma, eu estou aprendendo a me cuidar mais e aprendendo a cuidar inclusive do coração que não pode ser quebrado por qualquer mocinho cabeça-de-melão :)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Esporte...

Meninas, sei que o assunto é meio estranho a nós, mas me sinto a vontade pra falar sobre isso... até porque, vcs vão ver, é claro que eu vou acabar falando de coisas pessoais, e de relacionamentos...

Olha, me desculpem os flamenguistas, mas a minha aversão por eles em geral, soh aumenta!

Vocês sabem que eu adoro um bom jogo de basquete! E foi o que eu vi sexta e domingo... dois jogos disputadíssimos, que quase me matam do coração! (felizmente o universo ganhou os dois, e eu ainda estou viva!!) O que me chocou na verdade, e nem deveria me chocar mais por isso, é que os flamenguistas NÃO ASSUMEM QUE OS OUTROS FORAM MELHORES DE JEITO NENHUM!!! Tá, nem todos, mas a equipe, os jogadores e parte da torcida... E acho ridículo isso!!!

Sei lá, eles ficam culpando os juízes.. sério mesmo, a arbitragem erra pros dois lados... e se ta roubando tanto assim (como eles acham, e eu sinceramente, discordo), que seja melhor que isso! Eles ficam tão preocupados com os juízes, que esquecem que ponto se faz acertando a bola na cesta...

Dessa vez o Chupeta disse assim: nós fizemos tudo certo, jogamos tudo certo, mas não sei porque, Deus não quis.. da outra vez, foi ainda pior, ele falou assim: “eles erraram tanto, que não nos deixaram jogar”!! Alguém me explica como alguém pode errar tanto, e atrapalhar mais o outro time que a si mesmo??

Isso me fez pensar na vida como um todo, e tirei uma conclusão que não é novidade pra ninguém: é muito mais fácil culpar os outros do que aceitar e assumir nossos próprios erros!! Seja no basquete, seja em relacionamentos, seja profissional... essa é a hora que vale a pena ser egoísta... e antes de “solidarizar” a culpa do que quer que seja, vale mais olhar pro nosso próprio umbigo e pensar... “e eu? O que eu fiz de errado? O que eu poderia fazer diferente? Será que poderia ser melhor?”...

Muitas vezes, quando alguma coisa dá errada, a culpa não é de uma pessoa só, e culpar alguém, é injusto, da mesma forma como tomar pra si a culpa toda também não faz bem... eu só digo que antes de apontar aonde as outras pessoas erraram, melhor eh apontar onde nós mesmos erramos...

A outra coisa, é que não é feio pra ninguém aceitar que outros foram mais bem sucedidos que nós em determinada coisa... até porque, se reconhecemos isso, podemos aprender a ter um bom resultado nessa determinada coisa. E não significa que pq foi bom naquilo vai ser bom em tudo!!! Ou que se foi melhor naquilo, ou daquela vez vai ser MELHOR em TUDO e SEMPRE!!! É assim, as vezes nos saímos bem em uma coisa, outras vezes não... as vezes falhamos diversas vezes em uma mesma coisa, mas obtemos sucesso repetidas vezes numa outra coisa...

E voltando ao Basquete... o Flamengo jogou muito bem nos dois jogos, mas errou. O Universo também errou, mas conseguiu ganhar por um ponto. Então o Universo jogou melhor mesmo!!! =))