sábado, 17 de julho de 2010

Resposta: Prostituição

Não sei se o que eu sou poderia ser chamado de feminista. Eu sou a favor que as mulheres se sintam satisfeitas por serem pessoas, e não se sintam menos - e nem sejam maltratatas - simplesmente por serem mulheres.
Lu, acho que a questão é além da soberania sobre o corpo.

Imagino sim que existam mulheres que se prostituem porque precisam, e porque esse é o caminho que elas conhecem e que funciona. Também imagino que existam mulheres que se acham espertas em cobrar dos homens o que fariam de graça.
Mas acima de tudo, eu acredito que ninguém seja um personagem livre de valores morais. E que muitas dessas mulheres tiveram conflitos internos morais inimagináveis, porque precisavam do dinheiro. Sabe, eu conheci uma prostituta e ela não era assim tão diferente de mim, não era aquele estereótipo de mulher desavergonhada. Não perguntei por que ela entrou nessa, mas imagino o quanto ela se condenou por ter entrado na prostituição... a vergonha por ser tratada como igual era palpável. Talvez ela não achasse que merecesse ser tradada bem?

Sobre ser soberana do corpo.. só porque eu sou dona do meu corpo não quer dizer que eu possa fazer tudo o que eu quiser sem auto julgamento - a famosa ressaca moral. As pessoas precisam de uma boa dose de autoconhecimento para saber até onde as ações do corpo não vão prejudicar a alma (num sentido não religioso). Aposto que todo mundo tem alguma coisa que já fez e que sente uma profunda vergonha só de lembrar.. e por isso enterrou a memória beeeem fundo.
Há outra questão: as pessoas precisam parar de pensar que mulher não gosta de sexo (aliás, se a gente quiser, consegue sexo mil vezes mais fácil que os homens). Sim, eu faço sexo sem cobrar, porque eu gosto! Isso não tem sentido! Não é nenhum sacrifício pra mim, para que cobrar dinheiro? Eu sei o meu valor, não preciso que me avaliem em notas de Real.

A vergonha tá toda na questão dos valores morais. Depende de quais valores preciosos para si próprias essas mulheres tiveram que passar por cima.
O valor que cada pessoa se dá tá na quantidade de amor-próprio. Não é dinheiro que dita o quanto você vale! That's silly!

domingo, 11 de julho de 2010

Prostituição

Esse é um terreno tabu, que pouca gente se atreve, e que gera muita polêmica! E eu quero saber a opinião de vocês!!!

Vi outro dia um debate no “Saia Justa” da GNT em que falavam sobre um filme que nem me lembro o nome, mas o assunto do filme era a prostituição. Bem, concordei com muita coisa, e discordei de muita coisa.. acho que tenho uma opinião abrangente!! Hahahha

Na discussão delas, cada uma defendia um único perfil de prostituta:
1. que as prostitutas são produto do meio, que elas fazem por necessidade, e assumem um papel de “coitadas”;
2. que as prostitutas são tão bem resolvidas, que usavam o corpo e os homens pra conseguir o que elas querem...

E eu acho que tem de ambos os tipos (se não existirem outros perfis além desses mencionados, mas que agora eu não sei dizer...)

Acho que antigamente a prostituição era a salvação pra muitas mulheres, que se viam obrigadas a recorrer ao corpo como forma de sobrevivência. E acho que hoje em dia ainda existem essas. Por outro lado, acho que atualmente, o outro perfil também existe. São mulheres que não acham a profissão humilhante, e não se colocam no papel de vítimas sociais. Muitas até de classe média. Essas mulheres são “descoladas”, como uma delas dizia no programa, e não se acham menos, de forma alguma, por serem prostitutas! Se acham é muito espertas por cobrarem dos homens aquilo que outras tantas fariam de graça!!!

Enfim, eu sei que aqui temos duas feministas e gostaria que as duas opinassem... no fundo eu acho que os dois perfis apresentados são de mulheres soberanas do seu próprio corpo, só que  umas não se sentem a vontade e acham que perdem um pouco o seu valor por serem prostitutas, enquanto as outras se acham tão soberanas que acham que não é a prostituição que lhes tire o valor!!!